quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Quase Documentário

Pela minha imperícia com esse tipo de mídia, não dá pra chamar meu material de documentário.

A não ser que eu filmasse a Bruxa de Blair joinvilense.

É isso!

domingo, 29 de novembro de 2009

O Negão da Borracharia


* José Pedro, o "Negão", tem um negócio a duas quadras da minha casa. Sua borracharia fica na Rua Blumenau, uma das vias mais importantes de Joinville. Ele é folclórico na cidade, bato papo com ele de vez em quando.

* É tão vizinho que até o Google Maps mostra a o caminho entre meu endereço e o dele, facilmente, como mostra este link

* O Negão Ficou ainda mais conhecido nas eleições municipais 2008. O borracheiro concorreu com o slogan "O Negão não vai deixar furo na Câmara", considerado um dos melhores bordões desse pleito.




Em português, borracharia é o lugar para a gente arrumar pneu. No espanhol, a borracha é logo associada à bebida. José Pedro Furtado, 49 anos, o "Negão da Borracharia", juntou as duas coisas. Sem cerimônia, lá pelas 10 da manhã abre sua primeira lata de Brahma. "Cerveja é a melhor bebida do mundo", diz o Negão, já mostrando o sorriso enorme.


Não que o trabalho fique comprometido. "Levo mais de uma hora pra bebr a latinha. E tomo só duas, de manhã até a noite. A borracharia é meu meu negócio, e eu preciso cuidar dele muito bem", explica Zé, outro de seus apelidos.

Pelo carisma, pelo tipo grandalhão e o ponto na rua Blumenau, onde abriu uma das primeiras borracharias 24 horas de Joinville, há uns 16 anos, o Negão ganhou fama. Gente que convive com ele há anos elogia bom humor. Ele não é de briga. Tem outra característica marcante: Zé tem olho azul. É fácil perceber. Quando fala, ele olha no olho.


Suas historias na cidade - algumas até admitidas por ele - incluem um velho buggy amarelo, que andava barulhento nos anos 90. Geralmente com ele, mulheres diferentes e algumas latas de cerveja. Ares de lenda urbana têm suas fugas toscas da polícia, que não queria ver aquele Buggy nem o negão nem cravados de diamantes.

- Tinha policial que arrumava a caranga comigo, aí dava uma aliavada. Eu era amigo até de um ou outro delegado, na camaradagem. Nunca atropelei ninguém, nunca bati. Mas acho que o povo exagerava sobre cerveja e mulheres - brinca ele.

O Negão não nasceu borracheiro. É o terceiro filho de uma família pobre de nove irmãos, todos vivos. Foi criado num sítio em Lages, Planalto Serrano. Brincava muito de peão e bola de gude. Aprontava horrores. E trabalhava na roça para ajudar no sustento da casa. Passou por funilaria, por uma marcenaria que fabricava grampos de roupa e fez curso de torneiro mecânico. Ralou também numa oficina mecânica.

A vinda para Joinville, em 1976, foi num ônibus dirigido pelo próprio pai. Início difícil, especialmente depois da morte do patriarca. "Minha família se dispersou um pouco sem ele", conta o Negão. Lavador de aro de ônibus, mecânico, funcionário de almoxarifado. Curso quase concluído de magistério, para dar aula de 1a a 4a série

- Você deu aula para criancinhas?
- Tentei e desisti. Tá doido, eram tudo um bando de capetinhas.


Só em 1993, O Zé virou o Negão da Borracharia. Era vendedor de assinaturas de jornal, estava sempre sem grana. Teve a ideia de abrir o serviço 24 horas no Centro. Juntou uns trocados, conseguiu um lugar. Claro que isso exige algumas escolhas. Se é 24 horas, ele mal pode sair do ponto.

Tá aí a boa explicação para tomar uma gelada no trabalho.

- Se não posso ir até a cerveja, ela vem até mim - brinca ele.

Quase trancafiado no próprio negócio, é o Negão quem, por exemplo, faz o almoço. Pilota o fogão e se vira bem com massas, carreteiro e feijoada. Quando pode, uma costela de chão. Como fez no domingo, 22 de fevereiro, dia de seu 49º aniversário. Amigos e até figuras políticas apareceram.

Fruto da recente vida pública do Negão. Seus 347 votos para vereador nas eleições 2008 não foram contabilizados porque houve problemas na desfiliação de um partido. Mas seu slogan ficou. Em 2012 ele concorre de novo, e com o mesmo trocadilho no slogan: "O negão não vai deixar furo na Câmara".

Quando consegue alguém de confiança para cuidar do negócio, o Zé dá suas voltas. Visita botecos. E leva também a mulher, Garlinda dos Santos, para dançar. É um remember de como se conheceram. Com bombacha improvisada num baile gauchesco - usou botas de borracha e plástico - ele tirou a "baixinha" para dançar. A diferença de 25 centímetros na altura entre os dois não foi obstáculo, e os dois vivem juntos há quatro anos.

A mulher é dona do coração, e cuida também da grana apertada que eles conseguem juntar.

- Entrego tudo na mão dela e ela me diz quando não dá mais - conta o negão

É ela também a responsável por coisas que o Negão não faz questão de saber fazer: mexer no computador e mandar mensagem de celular. "Telefone é pra falar", simplifica ele.

Bom humor, e saúde também. O último check up mostrou que coração e pulmões vão muito bem, obrigado.

- E o teu fígado, Negão?
- Fiz exame também. Tá zero bala.

Jacaré sai para acasalar e assusta idosa (audio)














É. A cidade mais populosa de SC, com meio milhão de habitantes tem coisas "inacreditíveis".

Até twittei a história, com u quê de notícia popular, como o título deste post.

O registro sério, publicado no jornal onde trabalho, está neste link

O Jacaré fujão é famoso por aqui. Ano passado, nesta época, passeou pela cidade. Foi parar até no Corpo de Bombeiros. Sem veículo adequado, daquela vez, foi levado no banco traseiro de um carro.

Fritz ganhou esse nome depois de uma enquete de jornal.

A foto é de Rogerio da Silva

Ouça o áudio.

Eu vou de Fusca

Colegas malucos por Fórmula-1,
seram no chat da semana.

Ah, não me venham com parangolés. OPhotoshop/Ferrari é possante e tem de tudo. Mas o fusquinha 53 faz o que precisa ser feito. E ainda dá uma buzinadinha simpática no final.

Fotografia para jornalismo web é relativamente simples. Você usa imagens leves, sem muita resolução. Trabalha um pouco de contraste, cores cro, e pronto.

"Ah, mas recorte, sobreposição,
mix, tudo é mais difícil no programa do gato".













Olha aí os fãs da Ferrari/Photoshop falando dos milhares de marcadores. Pra que, se o que interessa mesmo é saber se você está a 60 km/h?

Querem mais uma vantagem? O Fusquinha está sempre ligado. A inicialização dele não leva dois segundos. Quem usa Photoshop e tem uma máquina que é não é um avião, como no meu caso, aguardauns 15 a 20 segundos.

Tem uma desvantagem. O Infarview não tem palhetas atalho. Você precisa, quase o tempo todo, ir ao menu superior. Ao menos até decorar alguns atalhos. A diferença é que quase tudo você encontra no edit e image. Perde um tempinho, mas mesmo assim, vale a pena

Para o que geralmente precisamos, como jornalistas o Infarview faz, e muito bem. É gratuito, e quebra um galhão no trabalho, onde cracks são totalmente controlados.

Como dizia meu vô, que morava no interior de Botuverá (SC):
"Meu fuca é bom. Sobe até palmeira"

Quem precisa ajeitar algo no paint,
aquele que as crianças adoram desenhar, sabe que a desgraça do programa do Windows parece um Fiat 147. Com o carburador entupido e que só pega no tranco.

MINHAS CLICADAS

Essas fotos são de um Parque numa cidade a uns 60 km de Joinville. Quem acompanha Futsal vai associar. É Jaraguá do Sul, terra da Malwee, que tem um dos melhores times desse esporte no Planeta. É, eles mantém uma área fantástica de 1,5 milhão de m2, para quem quiser visitar.

Nesse caso, a paisagem ajuda qualquer fotógrafo meia boca, como é o meu caso.

Então aqui estão: (clique nas fotos para ver os tamanho e crops diferentes)

domingo, 22 de novembro de 2009

Quem procura, às vezes acha

Eu não conhecia nem metade dos buscadores propostos no exercício. Sou da época do Cadê, incorporado pelo Yahoo ainda no século passado. Tinha também o Altavista, o google da época, e que sobrevive, meio moribundo.

Dos sites propostos, tirei essas conclusões:

  1. Blogs estão no topo das listas. Aparecem em todos os resultados. É a Internet 2.0 mostrando sua força. Ao invés de sites oficiais, o conteúdo produzido pelos usuários ganha prioridade. Claro, a busca não é por um termo oficial. Se fosse, por exemplo, Partido dos Trabalhadores, o site oficial do partido do presidente Lula Apareceria

  1. O Google, favorito da massa, parece ter um clone disfarçado: os resultados são idênticos ao do UOL. Vai ver, a busca do sítio brasileiro é “powerada” pelo Google.

  1. O queridinho Google tem das suas. Pelas artimanhas de alguns “interneteiros”, resultados menos atualizados aparecem entre os 5 primeiros, como o caso de um, publicado pela última vez em 2007. Há recursos para fazer um site “subir” na lista do Google, e aparecer nas primeiras linhas. Prova disso é uma pesquisa com outro termo: “Vergonha Nacional” está associada ao Senado, graças a uma campanha feita pela própria internet.

  1. O Deepdyve é complicado pra caramba. A pesquisa desejada aparece meio escondida, num tal de web results. Sim, porque os resultados do deepdyve results, que aparecem após a busca, parecem resultado de chá de cogumelo. Não têm nada a ver com a busca. É mais trabalhoso, e mais disperso também.

  1. O Yahoo traz resultados mais intuitivos, e um diferencial, não encontrado em nenhum dos outros analisados: apresenta itens relacionados junto ao resultado de pesquisa. De cara, é um diferencial.

  1. Inegável a semelhança de resultados entre os buscadores. A ordem muda pouco. Por exemplo: o terceiro item de um sistema de busca é o segundo de outro. Na prática: o Deepdyve traz um texto da Agência AngolaPress, também mostrado pelo Google (item 3) e Yahoo (4º da lista).

O melhor e o mais simples















Teimei. Eram só três dias para testar. Mas fiquei cincão de olho em dois programas de RSS (Feedreader e Demon).

Até torci para que um dos dois emparelhasse com o Google Reader. Tipo quando a gente torce para Senegal contra a França, na Copa do mundo, só porque aqueles franceses safados nos tiraram de duas Copas seguidas.

Mas não teve jeito. Deu França, "de gogleada!"

A comparação foi assim: Senegal, cheio de jogadas ensaiadas, preparo físico, recursos. Ou seja, várias opções de customização, reordenação, layouts. Digamos, a chuteira era da melhor, o uniforme cheio de cores e estilo. E o Google reader lá, logo meio simples, uniforme azul com um coloridinho.

Mas os safados do Google Reader já fizeram um gol logo de cara. Eu pude acompanhá-los tanto de casa quanto do trabalho. Foi só abrir meu Gmail, clicar ali e pá, bola na rede. Claro, na maior parte do tempo, Feedreader e Demon ficaram desligados, no PC de casa.

Estar na rede, sem frescura, sem barreira geográfica é uma diferença e tanto. Claro, eu poderia ter notebook e empatar essa parada. Mas poderia também ficar sem bateria e adeus atualizações.

Se a gente voltasse lá atrás, a criação dos sistemas RSS foi como botar um motor de Santana num fusquinha. Não ter que entrar em vários sites para acompanhar - receber só a cabeça (headline) - facilita um bocado a nossa vida.

Tudo isso até os franceses do uniforme azul se ligarem. E criarem o reader, a mesmíssima coisa, só que mais simples.


OS GOLS DA PARTIDA

Lá vem a goleada:

ø O gol logo de saída: Estando na web, em qualquer computador, está acessível. França Google 1 x 0 Senegal Feedreader/Demmon

ø Não pesa na inicialização do PC: 2 a 0.

ø Tem o serviço de busca do Google integrado (esse é tão bom que vale por 2 gols). A busca dos outros feeds é complicada se você não tem o endereço certo do rss: 4 a 0 França.

ø Navegação mais rápida, dentro do próprio google (5 a 0).

ø Não apita, não aparecem janelinhas feito pop-up, mesmo quando é só uma mísera nota de algum site atualizado quase o tempo todo, como G1, Folha ou Estadão. Apesar de haver opção para suspender esse recurso nas versões instaladas: 6 a 0

ø Google Reader tem uma tradução "literal" de sites em inglês, italiano, espanhol. Não é aquela maravilha, mas ajuda na compreensão geral. Salvo as pegadinhas de língua que traem os desatentos. 7 a 0
O França/Google é tão invejado que os senegaleses até trouxeram franceses para jogar junto: Sim, programas de feed permitem a sincronização com o Google Reader 8 a 0, fora o baile.


HUMILHADOS, MAS SEM DAR PONTAPÉ

Sabe aquelas falas prontas do Galvão Bueno quando um timeco tá levando uma surra, mas não partiu para a ignorância.

"Não deu absolutamente nenhum pontapé..."

Senegal marcou seus gols de honra:

ø É raro, mas às vezes o google está fora do ar. 8 a 1

ø O layout é mais bonito. Permite customizações: 8 a 2

ø Mais rápido em alguns casos. A atualização é mais rápida que o auto-reload do Google. Foi em algumas atualizações do Estadão (estado.com.br), Jornal de circulação nacional. Como são várias atualizações por hora, houve delag em pelo menos seis oportunidades.Os atrasos na entrega da notícia pelo Feed e pelo Reader oscilaram entre 5 minutos e 25 minutos. Dois pontos pela agilidade: 8 a 4.


FINALISTA, FRANÇA É VICE


Legal, a França/Google Reader chegou na final. Com seu jeito simples e objetivo, sem firula.

Só que antes de erguer a taça, encontrou o recém-chegado Itália/Twitter na final. E como na Copa do mundo d
e 2006, a decisão é nos detalhes.

O Twitter tem uma vantagem: mistura conversa informal com notícia qualificada, e dá links para tudo. É um grande centralizador de minúcias de até 140 caracteres. Você só precisa seguir o que quer.

Só que tem um problema. Se o blogueiro ou o administrador do site bobear e não twittar, ou demorar, a informação não chega. Com o RSS, não tem erro. É chutar em cima da linha, sem goleiro. Gol certo.

Apesar de achar o Twitter muito mais funcional neste ponto, dou vitória apertada para o miniblog, que nem no exercício estava. Mas não poderia ficar de fora dessa decisão.

domingo, 15 de novembro de 2009

Aula 1: Web 1.0 x Web 2.0

Não foi só a velocidade nem a facilidade de acesso. O jeito de usar a internet mudou - em muitos casos para melhor - especialmente nos últimos dez anos. 

Das madrugadas em claro para aproveitar o pagamento de apenas um pulso do telefone fixo à onda twiteira mobile, houve uma diferença fundamental: a horizontalização da internet. Que tem tudo a ver com a mudança da internet 1.0, que deu lugar à 2.0. E logo, loguinho, vem aí a internet 3.0, que, não por acaso, está no Wikipedia, talvez um dos grandes símbolos da mudança do perfil.

A "wikipedização", inclusive da informação, tem tudo a ver com o novo formato, que, no melhor estilo do seriado "Lost", ou mesmo de Raul Seixas, mexe no conceito de começo, fim e meio. A contribuição, a socialização, as trocas e os acréscimos sem fim de assuntos, sistemas e tópicos são algumas das principais características da web 2.0. 

Um exemplo simples: Antes, para compartilhar ou mexer num arquivo (tabela, por exemplo), era necessário mandar por e-mail ou levar para alguém esse material. Hoje, quem usa recursos simples como o google docs ou o Zoho pode compartilhar, on line, documentos e bancos de dados. Havendo autorização, qualquer um pode mexer.

Com o conteúdo aberto, crescem as discussões, e, no caso do jornalismo, a interatividade entre o jornalista e seu público. O jornalista não é o detentor da principal informação, mas seu papel cresce porque ele precisa, cada vez mais e melhor, qualificá-la, interpretá-la.

E é aí que está uma diferença importante: essa mudança de cultura exibe bom senso e pressupõe que os usuários estão bem intencionados.

Está também mais fácil e mais interativo. Criar um blog como este, por exemplo, pode não levar três minutos, se não houver grandes mudanças nos layouts pré-formatados. Há uma década, era preciso entender, no mínimo, de linguagem html para publicar algo.

Que o digam os antigos usuários do GeoCities. Febre nos anos 90, o endereço que pertencia à Starmedia era o bã-bã-bã para criação de sites pessoais, com formatos totalmente limitados. Na época, ninguém imaginava que seria tão fácil linkar um vídeo ou postar uma foto. Até porque vídeo on line era coisa quase impensável na época.

O exemplo do Geocities também serve como referência para mostrar que a internet 1.0 virou moribunda. Comprado por alguns milhões pelo grupo Yahoo, o Geocities ficou obsoleto. Em outubro deste ano, o Yahoo! anunciou que o deixaria descansar em paz.

Essas e outras mudanças de visão estão resumidas no quadro abaixo.


 

Web 1.0

Web 2.0

Interface

Estática, quando muito, imagens animadas

Ferramentas mais intuitivas, dinâmicas, permitem que mesmo usuários  com menos conhecimentos possam interagir adequadamente (ex: blogs, fotolgos, redes sociais)

Softwares

Pacotes fechados

Focados em serviços, que podem ser pagos periodicamente, como uma conta de luz, conforme consumo. Surgem novas linguagens e  programas, que permitem também a interação entre softwares. Surge a ideia do 'beta perpétuo”: programas em constante aprimoramento

Indexação da informação

Taxonomia

Tags, criadas pelos próprios usuários

Conteúdo

Centralizado

Descentralizado, com grande poder de atualização dado aos internautas – através da postagem de comentários, correções e de conteúdo em si. As informações são compartilhadas e disseminadas

Comércio

Internet era uma vitrine

Internet passa a ser, além de vitrine, usada com programas de inteligência (personalização de ofertas, sugestões baseadas no histórico dos usuários, etc)

Armazenamento

Dados em servidores

Dados na “nuvem”: há uma grande tendência de armazenar dados em servidores online, permitindo ao usuário acesso às informações em qualquer lugar que tenha internet.